Segunda Guerra Mundial

       Sendo o segundo post da semana, gostaria de publicar o meu trabalho de história da Segunda Guerra Mundial, colocando em pauta como ocorreu e os principais acontecimentos. Espero que gostem!

Introdução

       Este trabalho fala sobre a Segunda Guerra Mundial, o que causou e quando ocorreu; os principais acontecimentos, como a Batalha de Stalingrado, o Dia D; e a Bomba de Hiroshima e Nagasaki; o Holocausto e os campos de concentração; e o fim da Segunda Guerra Mundial.

Como e Quando Aconteceu

       Os antecedentes da Segunda Guerra Mundial começaram no fim da Primeira Guerra Mundial, em que a Alemanha, culpada pela Primeira Guerra, assinou o Tratado de Versalhes, que a fez perder suas colônias e obrigou o desarmamento do país (limitada a apenas 100 mil soldados), além de uma enorme indenização aos países vencedores, o que ajudou na crise econômica do país. Isso ampliou o sentimento de rivalidade em muitos alemães. Com isso em 1920 foi criado o Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, o Partido Nazista, que defendia ideias como a superioridade do povo alemão, culpava os judeus pela crise econômica e apoiava perseguições contra outras minorias, como ciganos, homossexuais, deficientes físicos, mentais, etc.. Esse partido foi enxergado como um salvador da Alemanha por conta do seu nacionalismo extremo, o que o fez ascender o poder, fazendo Adolf Hitler chegar ao poder em 1933.

       Na Itália, o Partido Fascista aproveitou a crise econômica do país para subir ao poder. O partido antiliberal e anticomunista liderado por Benito Mussolini pregava que apenas a formação de um Estado forte e totalitário traria a solução do país, apoiando o expansionismo do território italiano. Em 1935, a Itália invadiu a Etiópia sem qualquer declaração de guerra. A invasão foi um sucesso, que juntas com outras invasões em países próximos, como a Somália e Eritreia, formou-se a África Oriental Italiana, território anexado à Itália. Os dois líderes totalitários, Hitler e Mussonini, assinaram em 1936 um tratado de amizade e colaboração, resultando o Eixo Roma-Berlim.

       O Japão estava em expansão territorial. Invadiram a China e havia conseguido conquistar um sexto do país. Com os mesmos objetivos de expansão, o Japão formou, junto com a Alemanha e Itália, o Eixo Berlim-Roma-Tóquio, conhecido como o Eixo.

       Por fim, em 1938, os nazistas, promovendo assim o expansionismo alemão, anexaram o território com a Áustria. Depois, fizeram o mesmo com a região dos Sudetos, na Tchecoslováquia, por conta dos 3 milhões de falantes da língua alemã. França e Reino Unido não gostaram da expansão territorial, e na Conferência de Munique, requisitaram que a anexação fosse de apenas 20% do país. A Alemanha não concordou com o acordo, e dominaram o país inteiro. Após isso, a Alemanha invadiu a Polônia para recuperar Danzig, cidade perdida pelos alemães na Primeira Guerra. França e Reino Unido exigiram que os alemães voltassem atrás, mas com a negação de Hitler, declararam guerra à Alemanha no dia 3 de setembro de 1939.

Principais Acontecimentos

Estados Unidos entra na Guerra

       Os Estados Unidos não haviam interferido na guerra até 1941. Mesmo assim, havia um clima tenso entre os Estados Unidos e Japão. Com a expansão do Japão na Ásia, os Estados Unidos iniciaram o embargo de petróleo e de matérias-primas minerais fundamentais para a indústria de guerra japonesa, além de congelar os créditos que o Japão possuía nos EUA. Os diplomáticos tentaram convencer o Japão de recuar o avanço na China e da Indochina, mas não tiveram sucesso. O presidente dos EUA, Franklin Delano Roosevelt, mantinha contatos diplomáticos com o primeiro-ministro da Inglaterra Winston Churchill. Os dois assinaram um documento conhecido como Carta do Atlântico, em que era contrário à ideologia política totalitária nazifascista.

       Enquanto isso, o Japão tinha um plano de dominar o sudeste asiático, que possuía várias colônias americanas e europeias, visando o território, recursos minerais e vegetais na região. Para que a expansão desse certo, o Japão teria que derrotar a marinha norte-americana no oceano Pacífico. Assim, o Japão fez um ataque surpresa à base Pearl Harbor, no Havaí, pertencente aos EUA, com aviões-suicidas, conhecidos como kamikases. A base foi totalmente destruída, e o Japão teve 29 aviões abatidos. No dia 7 de dezembro de 1941, os Estados Unidos se junta aos Aliados (formado pela União Soviética, Reino Unido, França e China) e declara guerra ao Eixo.

Batalha de Stalingrado

       A batalha de Stalingrado foi a maior batalha da Segunda Guerra Mundial, sendo a mais sangrenta e muitas vezes retratada como a mais importante da guerra. A batalha aconteceu entre julho de 1942 e fevereiro de 1943.

       Stalingrado era uma cidade muito importante na Segunda Guerra Mundial, tanto para os alemães quanto para os russos. Após a revolução russa, a cidade, que antes se chamava Tsaritsyn, foi batizada como Stalingrado. A cidade seria uma homenagem para o ditador Stalin, pois a palavra “grado” significa cidade em russo, resultando Stalingrado, ou, “Cidade de Stalin”.

       Os alemães já estavam sentindo um enorme peso da guerra, e o exército sabia que eles não aguentariam por muitos anos por conta da falta de petróleo. A Alemanha não possuía reservas de petróleo (possuía apenas as reservas de sua aliada Romênia) e não podiam comercializar com outros países europeus. Os nazistas lançaram um plano conhecido como Caso Azul, em que dois exércitos iriam pela região do Cáucaso: um exército iria em direção ao Azerbaijão, que possuía petróleo e outras riquezas; e o outro exército iria em direção ao norte, onde dominaria Stalingrado e protegeria o outro exército, impedindo dos russos avançarem para atacar os soldados. Se os alemães dominassem a cidade, eles conseguiriam dominar Ajerbaijão, obtendo os recursos, isolando a Rússia dos Aliados e separando a Inglaterra de suas reservas de petróleo.

       Mas a batalha também possuía uma moralidade por trás. Os russos consideravam a cidade como um monumento a Stalin, por isso, defender a cidade seria como defender o governo. Os alemães também faziam propaganda, dizendo que se dominassem Stalingrado, seriam como se tivessem derrotado Stalin em pessoa.

       A batalha iniciou-se oficialmente no dia 17 de julho de 1942. O avanço alemão fez com que a população de Stalingrado evacuasse em desespero. Mas para derrotar as defesas, os alemães atacaram com bombardeios pesados, transformando parte da cidade em ruínas. Uns dos erros de Hitler foi a obsessão pela cidade, pois ele mandava recursos excessivos para a batalha, atrapalhando os outros frontes. Stalin também não admitia a perda das forças soviéticas, portanto, todos os soldados que recuassem ou desertassem seriam executados como traidores. Ao total, 13.500 soldados soviéticos foram executados. A demanda excessiva de reforços vindo dos dois lados fez com que a batalha tivesse inúmeras baixas, tendo 2 milhões de mortos no total.

       Por fim, a Alemanha sofreu a sua primeira derrota por conta da vitória dos russos, fazendo com que os alemães recuassem e não avançassem pela região do Cáucaso.

Dia D

       Dia D, oficialmente conhecido como Operação Overlord, é o nome do dia do desembarque das tropas aliadas no norte da França, no dia 6 de junho de 1944. É considerado o dia mais importante da Segunda Guerra Mundial.

       Após a vitória dos russos na Batalha de Stalingrado, a pressão alemã foi aliviada na região do Cáucaso. O Dia D tinha como objetivo abrir uma segunda frente de batalha na Europa Ocidental e libertar Paris. O ataque foi defendido como um golpe fatal contra a Alemanha, pois este presumia que o ataque fosse no Canal da Mancha, local onde estava concentrado as defesas alemãs.

       O ataque começou na noite do dia 5 de junho, quando 13.000 paraquedistas dos aliados foram lançados nas praias da França para ir além das linhas alemãs. No dia seguinte, as praias da Normandia foram invadidas por 6,5 mil navios, veículos blindados e tanques. A demora dos aviões alemães para chegarem ao local ajudaram na derrota dos nazistas.

       O Dia D causou mais de 110.000 vítimas, entre elas alemães, canadenses, norte-americanos, britânicos e civis (por conta do ataque aéreo). Após a invasão, os nazistas passaram a recuar até o fim da guerra.

       Bomba de Hiroshima e Nagasaki

Bomba de Hiroshima é o nome do episódio em que a primeira bomba nuclear foi utilizada. Querendo que o Japão se rendesse e acabasse com a Segunda Guerra Mundial, os americanos lançaram uma bomba nuclear (apelidada de Little Boy) na 7º cidade mais populosa do Japão, Hiroshima, no dia 6 de agosto de 1945. A explosão matou mais de 140.000 civis. 50.000 japoneses morreram instantaneamente, além de feridos e contaminados. Câncer, deformações físicas, problemas genéticos, etc., foram causados em vítimas que sobreviveram.

       Um dia se passou, e o Japão não se rendeu. Isso fez com que os americanos largassem uma segunda bomba em Nagasaki. 70 mil habitantes morreram e a metade da cidade foi destruída. No dia 2 de setembro de 1945, Japão se rende, finalizando a Segunda Guerra Mundial.

Participação do Brasil

       O Brasil mantinha relações cordiais com a Alemanha até 1937. Mesmo sendo rompida, manteve a neutralidade até 1942, quando o Brasil removeu as relações diplomáticas com o Eixo. Após isso, a Alemanha atacou 19 navios brasileiros que estavam na costa, causando a morte de 500 soldados.

       Com esse ataque, houve uma imensa pressão popular para a entrada do Brasil na guerra. Getúlio Vargas queria mandar seus soldados para o conflito, e convenceu o presidente dos EUA que modernizasse as Forças Armadas e concedesse empréstimos para uma usina siderúrgica no país (conhecida como CSN, Companhia Siderúgica Nacional localizada em Volta Redonda/RJ). Em troca, o Brasil cederia um território do Rio Grande do Norte para uma base militar americana. No dia 31 de agosto de 1942, o Brasil declarou guerra contra o Eixo, e em 9 de agosto do ano seguinte foi criada a FEB, Força Expedicionária Brasileira, formado por 25.000 soldados. Desses, 450 soldados morreram e três mil ficaram feridos. Havia também o 1° Grupo de Aviação de Caça, da Força Aérea Brasileira, que possuía 374 militares e 28 aviões.

       Os soldados brasileiros ajudaram a expulsar o exército alemão que ainda resistia no norte da Itália, e em setembro de 1944, eles tomaram Massarosa, Camaiore e Monte Prano. Em 1945, ajudaram a conquistar pontos estratégicos como Monte Castelo, Castelnuovo e Monstese. A guerra acabou em maio daquele ano.

Holocausto

       O campo de concentração surgiu no século XVIII, e tinha como destino os prisioneiros de um determinado conflito, que ali ficavam agrupados em separado de outros tipos de detentos comuns. Na Alemanha Nazista, porém passaram a ser utilizados como estratégia de domínio de grupos étnicos, dissidentes políticos e das diversas minorias indesejáveis ao Estado. Criados desde os primeiros dias do regime nazista (o primeiro foi Dachau, em 1933), neles ingressavam compulsoriamente os judeus, ciganos, políticos oposicionistas, especialmente anarquistas e comunistas, minorias religiosas como Testemunhas de Jeová e homossexuais, todos expostos a tratamento desumano, trabalhos extenuantes, experiências médicas, e, em último caso, execução nas câmaras de gás ali presentes.

       Havia um tipo de campo, porém, os chamados campos de extermínio, a maioria deles localizada na Polônia, cujo objetivo era exterminar seus internos quase que diretamente, sem maiores cerimônias. Muitos destes campos foram utilizados no programa nazista conhecido como "Solução Final", que consistia no extermínio total dos judeus de áreas conquistadas.

       Com o início da Segunda Guerra, os campos passaram a receber também todo tipo de prisioneiro de guerra das áreas onde os nazistas avançavam. Mais campos foram sendo construídos fora da Alemanha, sendo os mais conhecidos os campos de extermínio da Polônia. Eles existiram, porém, nas Ilhas do Canal da Mancha, Noruega, Países Baixos, Sérvia, Itália, Moldávia, Bélgica, França, Ucrânia, Croácia, Letônia, Lituânia, Bielorússia, Áustria, República Tcheca e Estônia. Milhões de pessoas foram aprisionadas e submetidas a todo tipo de abuso nos campos nazistas. Só nos campos de extermínio, sob a administração das SS, os alemães e seus colaboradores mataram cerca de 2.700.000 de judeus. Apenas uma pequena parte dos prisioneiros que lá foram colocados conseguiu sobreviver. Os campos nazistas exerceram tamanha influência no imaginário coletivo que, desde então, qualquer estrutura designada para receber prisioneiros de guerra, ao invés de ser chamada como deveria de fato, de campo de concentração, recebe nomes eufemísticos, como "campos de internamento", "campo de remanejamento", etc.

Fim da Guerra

       O ano de 1945 foi o ano da queda do Eixo. Nesse ano todos os países da potência do Eixo foram se rendendo pouco a pouco, até o dia 2 de setembro de 1945.
       Em 1942, os Aliados começaram a derrotar seus inimigos. No Pacífico, os Estados Unidos e Austrália derrotaram os japoneses. Após o fim da Batalha de Stalingrado em 1943, os nazistas foram expulsos da Bulgária, Hungria, Polônia, Tchecoslováquia e Ioguslávia. Na África, os Aliados conquistaram o Egito, Marrocos e Argélia. Em julho do mesmo ano, Vitor Emanuel II, rei da Itália, destituiu Mussolini do governo e assinou a rendição italiana aos Aliados. Em outubro, Itália declara guerra contra a Alemanha. Em abril, Mussolini tenta fugir para a Suíça, mas é fuzilado. No dia 2 de maio de 1945, os estadunidenses e soviéticos invadem Berlim, dois dias depois do suicídio de Hitler. As tropas nazistas começam a se render, acabando com a guerra na Europa. Por fim, o imperador Hirohito (Japão), se rende por conta das bombas atômicas no dia 2 de setembro de 1945. A Segunda Guerra Mundial acaba, deixando cerca de 50 milhões de mortos e 35 milhões de feridos.
       Após a guerra, os oficiais nazistas foram levados ao Tribunal de Nuremberg, criado para julgar crimes contra a humanidade. No ano do fim da guerra, A ONU é criada para mediar conflitos entre países e evitar novas guerras. Além disso, a Conferência de Postdam (julho e agosto de 1945), a última das várias que teve na Segunda Guerra Mundial, Josef Stalin (URSS), Clement Attlee (Inglaterra) e Harry Truman (EUA) discutem e dividem a Alemanha em quatro zonas a serem administradas por franceses, britânicos, norte-americanos e soviéticos. A Alemanha, nesse mesmo encontro, foi condenada a pagar 20 bilhões de dólares em indenização aos países vencedores.

Conclusão

       Mesmo o Dia D sendo o momento mais conhecido pela Segunda Guerra Mundial, poucas pessoas sabem do importante envolvimento da Rússia na guerra. A Batalha de Stalingrado trouxe muitas evoluções militares para o mundo, como o envolvimento de mulheres na guerra. No começo, as mulheres apenas exerciam cargos não-combatentes, como forças da inteligência ou fornecedores de armas e munições. Mas por conta da falta de soldados, os russos implantaram várias mulheres em todas as funções. 800 mil mulheres foram designadas para funções de combate, e 100 mil participaram em Stalingrado. 63 mulheres receberam a condecoração mais alta pela União Soviética após a Segunda Guerra Mundial. Foi apenas em Stalingrado que houve aviões pilotados por mulheres (Yekaterina Budanova & Lydia Litvyak, esta conhecida como a Rosa Branca de Stalingrado). Na guerra houve um regimento de bombardeio noturno composta somente por mulheres, apelidadas pelos alemães como “Bruxas da Noite”.

       A guerra não se concentrou apenas na Europa. O continente africano foi essencial para o domínio estratégico. Países como o Egito e Marrocos foram essenciais para a vitória dos aliados.

       O Dia D é muito famoso também pelas “façanhas” dos estrategistas, pois além de estratégias de atacar de surpresa, como a invasão na Normandia, muitos generais contrataram mágicos para enganar os inimigos. Os mágicos planejaram os “aviões de papelão”, técnica utilizada para distrair a artilheria antiaérea alemã. Houve também “tanques falsos” utilizados no Dia D, e “paraquedistas bombas”, onde na primeira fase da invasão do Dia D, muitos paraquedistas eram apenas bonecos repletos de explosivos, que caiam nas frentes inimigas.

       Na Segunda Guerra Mundial, Alan Turing, considerado o “pai do computador”, criou uma máquina capaz de pensar, analisar e decodificar as mensagens criptografadas pelos alemães.

Bibliografia

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